COMUNIDADES DINÂMICAS

COMUNIDADES DINÂMICAS

“Aqueles que acolhiam com sinceridade a Boa Nova reuniam-se em nome de Jesus para    buscarem o Reino, vivê-lo e edificá-lo”. EM 13

Desde o início de sua atuação, Cristo reuniu ao seu redor uma pequena comunidade de “chamados” associando-os à sua missão.  Ao todo eram 12 e receberam a incumbência de estender, no tempo e no espaço, a missão de anunciar a toda a humanidade sua realização que vinha se construindo na seqüela de Cristo.

  Também as primeiras  comunidades , fundadas pelos apóstolos, rapidamente imbuíram-se do mesmo espírito e gosto pela evangelização, afastando a tentação de se fechar. O Senhor não viveu pra si, mas para libertar o povo. Por isso, Ele jogou-se totalmente nessa missão, mostrando aos seus apóstolos que, do mesmo modo, devia ser encarada a missão e a própria razão de ser da Igreja.

 Dessa forma, toda Igreja nascida pela pregação de um apóstolo, empenhou-se logo na pregação, enviando seus próprios membros como missionários que, por sua vez, fundavam outras Igrejas.

Dessa forma multiplicaram-se as Igrejas que, no terceiro século,  já chegaram a 1800 e cada uma com seu Bispo. O que as caracterizava era o amor fraterno, a comunhão de bens, a oração comunitária e a celebração da Eucaristia que renovava a memória da morte e ressurreição do Senhor. Nisso tudo  era evidente a vivência da fraternidade humana..

Este estilo de vida ia se espalhando em todas as comunidades que iam se formando. Isso  impressionava o povo e deu força à expansão do Evangelho. No segundo século, Santo Inácio escreveu a São Policarpo: “Seria bom que a Igreja, que está em Antioquia, promovesse uma reunião para escolher um verdadeiro arauto do Senhor, para que vá à Síria e lá, para a glória de Deus, tornasse conhecida a vossa incansável caridade”.

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Depois dessas considerações, lembro o Papa Paulo VI que se perguntava: “Por que esta vitalidade e esta expansão prodigiosa da mensagem evangélica estagnaram quase que completamente e perderam a sua força, não conseguindo mais penetrar e transformar a humanidade?”

Hoje se fala muito em “comunidade” e “missão”! Diz o provérbio que “a língua bate onde o dente dói”. De fato, os valores “comunidade” e “missão” são essenciais na vida da Igreja. Sem eles a identidade da Igreja fica comprometida. As CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) reagiram a essa tendência e lutaram muito para resgatar o mesmo espírito que animava as primeiras comunidades cristãs.

Trata-se de um trabalho difícil, mas o Espírito está em ação, suscitando maneiras novas de  viver o  Evangelho e um novo jeito de a Igreja ser no mundo.

PERGUNTÉMO-NOS

1 - Acreditamos ser possível viver, hoje, essas experiências das primeiras comunidades (At. 2,42-47)

2- Realizar a “comunhão” e a “missão” deve ser uma meta constante da pastoral em sua comunidade? O que está se fazendo para alcançá-las?